terça-feira, 28 de setembro de 2010

As 10 perguntas mais freqüentes sobre doação de órgão

1-É difícil ser um doador de órgãos?
Não.  É muito fácil e não exige nenhuma burocracia.  Basta você conversar com os seus familiares e deixar bem claro a sua vontade de doar os órgãos. Não há necessidade de deixar nenhum documento assinado, pois os órgãos somente são doados com a autorização expressa dos familiares.

2.  Se no momento da minha morte os meus familiares não assinarem o termo de doação de órgãos, mesmo que eu tenha manifestado em vida a minha vontade, o que acontecerá com os meus órgãos?
Nada. Ninguém irá retirá-los, pois os seus familiares não concordaram com a doação. Por este motivo, é muito importante que os seus familiares diretos estejam bem esclarecidos da sua vontade. Quando isto acontece, ela é sempre respeitada.

3.  Qual a diferença entre morte encefálica e coma? Quem está em coma pode doar órgãos?
A morte encefálica, comumente conhecida como morte cerebral, representa a perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como perda da consciência e da capacidade de respirar, o que significa que o individuo está morto.  O coração permanece batendo por pouco tempo e é neste período que os órgãos podem ser utilizados para transplante.
O coma representa uma lesão cerebral grave, mas que pode ser reversível e, portanto, o paciente não é doador de órgãos. A morte encefálica também não deve ser confundida com o estado vegetativo persistente, em que o paciente tem uma lesão cerebral, permanece em coma por meses ou anos, mas mantém a capacidade de respirar.
No entanto, se o indivíduo em coma ou em estado vegetativo persistente evoluir para um quadro de morte encefálica, que é irreversível, poderá se tornar um doador.

4.  É muito difícil fazer o diagnóstico diferencial entre morte encefálica e coma?
Não. Por meio de exame clínico é possível fazer o diagnóstico de cada um deles. Esse é um processo frequente e muito seguro no Brasil, que possui um dos protocolos de morte encefálica mais rígidos do mundo.  No nosso país, a morte encefálica precisa ser confirmada por dois médicos especialistas e por exames específicos, o que torna o diagnóstico seguro.

5. Como os órgãos são distribuídos? Existe uma fila dos receptores de órgãos?
Todo paciente que necessita de um transplante precisa obrigatoriamente estar inscrito em uma Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde distribuída pelos diferentes estados do Brasil. No registro são colocados os dados do candidato ao transplante e, a partir de então, ele aguarda por um órgão que seja compatível com as suas características.
As filas são controladas pelas Centrais de Transplantes de tal forma que os critérios médicos e ordem de inscrição são totalmente respeitados. Portanto, a fila de espera por um órgão não funciona unicamente por ordem de inscrição. Primeiro, o órgão precisa ser compatível com o receptor. Depois é selecionado, daqueles compatíveis, quem tem maior tempo de espera na lista. Para isto, se conta com um programa de computador que faz a distribuição dos órgãos de forma muito bem determinada.

6.  Os órgãos podem ser vendidos? Quanto custa cada um deles?
Não! Qualquer manifestação de vender ou comprar órgãos é crime. Nenhum transplante de órgãos é realizado no Brasil sem o conhecimento das Centrais de Transplantes das Secretarias de Estado da Saúde, portanto esta possibilidade não ocorre. Doação é um ato de livre e espontânea vontade e de amor ao próximo.

7.  Notícias sobre pessoas que foram sequestradas e tiveram os seus órgãos retirados têm fundamento?
Não. O transplante é uma operação muito delicada e realizada somente em Centro Cirúrgico e em Hospitais Especializados. Os órgãos são distribuídos para estes hospitais pelas Centrais de Transplantes.  Portanto, estas notícias são completamente infundadas e prestam total desserviço à população.

8.  Quais os órgãos podem ser doados em vida e quais podem ser doados após a morte?
A falta de doadores falecidos faz com que se utilize a doação intervivos. Nesse caso, é possível doar um dos rins, que é o transplante intervivos mais comum. Em situações especiais pode-se doar parte do fígado ou do pulmão.
Do doador falecido podem ser retirados para transplante: 2 córneas, 2 rins, 2 pulmões, fígado, coração, pâncreas, intestino, pele, ossos e tendões. Um único doador pode salvar muitas vidas.

9.  Todo indivíduo em morte encefálica é doador? Conheço famílias que doaram, mas os órgãos não foram utilizados. Isto é possível?
Sim. Há casos em que as famílias querem doar, concordam com a doação, mas os órgãos não podem ser utilizados. Isso acontece se o doador for portador de doença infecto-contagiosa, tiver permanecido por tempo prolongado em choque ou tiver diagnóstico de câncer. Em situações raras, a distância entre o doador e o receptor pode comprometer a qualidade de preservação do órgão.
Nestas situações, as famílias são comunicadas sobre o motivo da recusa dos órgãos e não devem ficar aborrecidas, pois a vontade do doador foi totalmente respeitada.

10. Como fica o corpo do doador após a retirada de múltiplos órgãos? Fica muito deformado?
A retirada de órgãos é um procedimento cirúrgico muito delicado, que não causa a mutilação do corpo. São retirados apenas os órgãos para ser transplantados, como se fosse uma cirurgia de rotina, após a qual o corpo é liberado aos familiares para o sepultamento.

Fonte: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
Colaboração: Naiara Marques- 8º sem Faculdade Vasco da Gama

10 comentários:

  1. EIS AQUI COMO TIRAR SUAS DÚVIDAS EM RELAÇÃO A TRANSPLANTE DE ORGÃOS E TECIDOS:

    O que é transplante?É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas...) de uma pessoa doente (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido normal de um DOADOR, vivo ou morto. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.
    Quem pode e quem não pode ser doador?A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sangüíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.
    Por que existe poucos doadores? Temos medo de doar?É uma das razões, porque temos medo da morte e não queremos nos preocupar com este tema em vida. É muito mais cômodo não pensarmos sobre isso, seja porque "não acontece comigo ou com a minha família" ou "isso só acontece com os outros e eles que decidam".
    Quero ser doador. O que devo fazer?Todos nós somos doadores, desde que a nossa família autorize. Portanto, a atitude mais importante é comunicar para a sua família o seu desejo de ser doador.
    Quero ser doador. A minha religião permite?Todas as religiões têm em comum os princípios da solidariedade e do amor ao próximo que caracterizam o ato de doar. Todas as religiões deixam a critério dos seus seguidores a decisão de serem ou não doadores de órgãos. Veja a posição de algumas:
    Judaica - Nada mais judaico do que salvar uma vidaAnglicana - Doação de órgãos, um ato de amor a serviço da VidaCatólica RomanaUmbanda e cultos Afro-brasileirosDoutrina EspíritaQuando podemos doar?A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Em geral, nos tornamos doadores em situação de morte encefálica e quando a nossa família autoriza a retirada dos órgãos.

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  2. O que é morte encefálica?
    Morte encefálica é a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em poucos minutos a falência de todo o organismo. É a morte propriamente dita. No diagnóstico de morte encefálica, primeiro são feitos testes neurológicos clínicos, os quais são repetidos seis horas após. Depois dessas avaliações, é realizado um exame complementar (um eletroencefalograma ou uma arteriografia).
    Uma pessoa em coma também pode ser doadora?
    Não. Coma é um estado reversível. Morte encefálica, como o próprio nome sugere, não. Uma pessoa somente torna-se potencial doadora após o correto diagnóstico de morte encefálica e da autorização dos familiares para a retirada dos órgãos.Como o corpo é mantido após a morte encefálica?
    O coração bate à custa de medicamentos, o pulmão funciona com a ajuda de aparelhos e o corpo continua sendo alimentado por via endovenosa.

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  3. Como proceder para doar?
    Um familiar pode manifestar o desejo de doar os órgãos. A decisão pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à Central de Transplante mais próxima.
    Quem paga os procedimentos de doação?
    A família não paga pelos procedimentos de manutenção do potencial doador, nem pela retirada dos órgãos. Existe cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde) para isso.
    O que acontece depois de autorizada a doação?
    Desde que haja receptores compatíveis, a retirada dos órgãos é realizada por várias equipes de cirurgiões, cada qual especializada em um determinado órgão. O corpo é liberado após, no máximo, 48 horas.
    Quem recebe os órgãos doados?
    Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento.Quantas partes do corpo podem ser aproveitadas para transplante?
    O mais freqüente: 2 rins, 2 pulmões, coração, fígado e pâncreas, 2 córneas, 3 válvulas cardíacas, ossos do ouvido interno, cartilagem costal, crista ilíaca, cabeça do fêmur, tendão da patela, ossos longos, fascia lata, veia safena, pele. Mais recentemente foram realizados transplantes de uma mão completa. Um único doador tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas.

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  4. Podemos escolher o receptor?
    Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.
    Quem são beneficiados com os transplantes?
    Milhares de pessoas, inclusive crianças, todos os anos, contraem doenças cujo único tratamento é um transplante. A espera por um doador, que muitas vezes não aparece, é dramática e adoece também um círculo grande de pessoas da família e de amigos.Existe algum conflito de interesse entre os atos de salvar a vida de um potencial doador e o da retirada dos órgãos para transplante?
    Absolutamente não. A retirada dos órgãos para transplante somente é considerada depois da morte, quando todos os esforços para salvar a vida de uma pessoa tenham sido realizados.
    Qual a chance de sucesso de um transplante?
    É alta. Mas muita coisa depende de particularidades pessoais, o que impede uma resposta mais precisa. Existe no Brasil pessoas que fizeram transplante de rim, por exemplo, há mais de 30 anos, tiveram filhos e levam uma vida normal. Quais os riscos e até que ponto um transplante interfere na vida de uma pessoa?
    Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte, os principais problemas são infecção e rejeição. Para controlar esses efeitos o transplantado usa medicamentos pelo resto da vida. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade.

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  5. Quanto custa um transplante e quem paga?
    Cerca de 86% das cirurgias são financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos planos privados de saúde não cobre este tipo de tratamento, cujo custo pode variar entre menos de mil reais (transplante de córnea) a quase 60 mil reais (transplante de medula óssea). Os valores previstos na Tabela do SUS em 2008 são os seguintes:
    Córneas
    711,46
    Rim doador cadáver
    19.272,15
    Rim doador vivo
    14.828,17
    Fígado doador cadaver
    52.040,00
    Fígado doador vivo
    52.070,92
    Coração
    22.242,49
    Pulmão
    37.070,92
    Pâncreas Isolado
    14.828,18
    Pâncreas + Rim
    26.020,06
    Medula Óssea
    57.997,00

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  6. IMPORTANTE O ESCLARECIMENTO DO COLEGA POIS DE UMA UNICA VEZ TIRA VARIAS DUVIDAS .
    ANA SABRINA

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  7. A doação de órgãos é a última alternativa considerada para o tratamento de muitas doenças.
    Transplantes consistem em métodos cirúrgicos de substituição de um órgão ou tecido de um indivíduo para outro, garantindo uma possível melhora na qualidade de vida do receptor, já que esses procedimentos são adotados como última alternativa terapêutica. Estão previstos na Lei 9434/97, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento.

    Mais de 90% dos transplantes em nosso país são feitos pelo SUS, em mais de 117 clínicas em todo o país.

    Doadores podem ser vivos, ou não. Estes primeiros podem ceder parte do fígado, medula óssea, ou um de seus rins, sendo a doação geralmente feita por familiares, reduzindo consideravelmente problemas relacionados à rejeição do órgão pelo organismo do receptor.

    No segundo caso de doação, o órgão é cedido a partir da autorização dos parentes de indivíduos vítimas de morte encefálica, que é a interrupção definitiva e irreversível de todas as atividades cerebrais (não confundir com o coma), confirmada por pelo menos dois médicos não pertencentes à equipe de remoção ou transplante de órgão, e após pelo menos duas baterias de testes, com intervalo de seis horas entre elas. Este é o procedimento mais frequente relacionado a essa prática.

    A retirada dos órgãos é feita por equipe médica específica, sendo o corpo liberado em no máximo dois dias. Os rins, pulmões, pele, coração, fígado, pâncreas, córneas, tendão da patela, e alguns ossos de um único paciente podem salvar a vida de muitas pessoas, sendo estes encaminhados a pacientes compatíveis, segundo critérios como o estado de saúde do receptor e tempo de espera.

    Atualmente, em nosso país, pacientes em situação de saúde mais grave são atendidos preferencialmente, e não por ordem decrescente de idade, como era no passado. Com essa alteração, percebeu-se que o número de mortes em pacientes em filas de espera de transplantes diminuiu significantemente.

    Muitos receptores conseguem ter uma vida longa e de qualidade, mas todos eles devem fazer o uso de medicamentos contra a rejeição, e possivelmente alguns contra os efeitos adversos destes.

    Como apenas 1%, aproximadamente, de todas as pessoas que vão a óbito são doadoras em potencial, e em razão da delicadeza da situação, o número de doadores de órgãos e tecidos em nosso país, apesar de estar ascendendo a cada ano, ainda é muito baixo.

    Mundo Educação » Biologia » Transplantes de órgãos e tecidos

    Eliene Pereira dos Santos- 8º semestre. Faculdade: Vasco da Gama

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  8. NOTICIA IMPORTANTE:

    › Brasil vai ganhar 80 leitos para transplante de medula
    Medida é anunciada no lançamento da campanha nacional de doação de órgãos
    Bruno Folli, O Ministério da Saúde (MS) pretende criar 80 novos leitos para transplantes de medula óssea, além de unificar diversos bancos de tecidos em 10 bancos multitecidos para baratear a administração destes espaços.

    As duas novidades acabam de ser anunciadas por Alberto Beltrame, secretário de atenção à saúde do MS, durante o lançamento da campanha nacional de doação de órgãos, que ocorreu hoje (27/9) em Brasília.

    Beltrame explica que o número atual de leitos para transplante de medula óssea se tornou insuficiente porque hoje é mais frequente o uso do órgão de doadores não aparentados. “Passamos a identificar mais doadores de medula não aparentados. Isso aumentou o número de receptores que aguardam pelos leitos”, diz. Em todo o País existem 350 leitos.

    O secretário anunciou ainda o Plano Nacional de Implantação de Bancos Multitecidos. “Hoje temos bancos de córnea, de ossos, de pele, mas o gerenciamento deles de forma separada é mais caro e menos prático até para quem precisa. Por isso vamos unificar, de imediato, 10 bancos”, afirma o secretário. O investimento total em infraestrutura é de R$ 36 milhões, e o total da campanha é de R$ 76 milhões.

    Reajuste

    Diversos procedimentos médicos tabelados pelo SUS foram reajustados no lançamento da campanha. “Os transplantes estão se tornando cada vez mais complexos, com pacientes mais complexos. Isso aumenta progressivamente o custo do procedimento”, diz Beltrame.

    Ele cita como exemplo o transplante de córnea, que foi reajustado de R$ 353 para R$ 1,2 mil, e o de coração, que dobrou o valor e chegou a cerca de R$ 6 mil. “Também criamos uma nova categoria para transplante de pulmão, que agora inclui os procedimentos para transplante dos dois pulmões”, anuncia.

    Capacitação

    “O mais importante de tudo é o investimento em capacitação de profissionais”, afirma Beltrame. Ele explica que treinamentos serão feitos em hospitais para que os profissionais de saúde consigam aperfeiçoar a forma de anunciar a morte dos pacientes aos seus parentes.

    “A forma como a notícia é dada exerce um papel fundamental na decisão da família”, avalia o secretário. A recusa de familiares em autorizar a doação de órgãos do paciente com morte cerebral é uma dificuldade histórica enfrentada na área de transplantes no Brasil.

    No primeiro semestre deste ano, dos 3.421 potenciais doadores identificados por equipes médicas, 809 não tiveram seus órgãos extraídos por recusa de parentes, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

    Hoje 60 mil pessoas ainda aguardam um órgão na fila de espera. “Faço um apelo a todos os brasileiros. Manifestem a seus familiares o desejo de ser doador”, disse Márcia Bassit, ministra interina da saúde no lançamento.
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  9. Eu hoje passei pelo Itaigara, eu estava dentro de um ônibus e algo me chamou atenção, era um outdoor e pasmem, divulgando doação de orgão. Parece que tudo agora começou a ficar visível, parece que não viamos nada em nossa frente até aparecer você Eli, nos doou sensibilidade para a causa...

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